Estudos realizados pelo CBWS (Centro de Estudos de Babywearing) compreendeu que o sling auxilia no desenvolvimento postural, já que o recém-nascido tem a espinha dorsal naturalmente curvada, e deitar com as costas retas não é fisiológico nem faz bem para ele. O bebê sente a necessidade de ficar em posição de sapinho, como mostra a figura abaixo.
Essa posição vertical se torna favorável para os bebês não ficarem a maior parte do tempo deitados numa superfície plana, pois tendem a ficar com a cabeça achatada, uma condição chamada plagiocefalia.
Contribui para o desenvolvimento emocional, pois o contato constante com a mãe melhora o vínculo, proporcionando mais relaxamento, menos estresse e crises de choro, além de aumentar a autoconfiança. O contato pele a pele também diminui a percepção de dor.
Auxilia na redução de cólicas seja pelo movimento constante, que lembra as condições uterinas, ou porque a posição na vertical diminui a possibilidade de refluxo. Bebês que são carregados no sling sofrem menos de cólicas.
Auxilia no método canguru, muito usado hoje em dia quando o bebê nasce prematuro (Considera-se prematuro o parto que acontece antes de 37 semanas e parto pós-maturo o que só ocorre após 42 semanas de gestação), ou a termo (Comumente chama-se parto a termo aquele que ocorre entre 37 e 42 semanas de gravidez), situação que demanda cuidados especiais. Nesse contexto o sling se torna um acessório bastante útil para os primeiros meses de vida. Sobre essa propriedade, existem diversos estudos que comprovam os benefícios fisiológicos do método canguru (MMC é uma técnica que incentiva o contato do bebê prematuro clinicamente estável com sua mãe ou pai durante o período de internação neonatal).
Estimula o aleitamento materno, por estar tão próximo da mãe, o bebê mama com mais frequência, resultando em maior ganho de peso e melhor saúde.
De acordo com a presidente interina da Babywearing Brasil, a bióloga Luciana Ivanike, o sling é ergonômico e respeita a fisiologia do bebê. Nele o bebê fica posicionado de uma forma que a coluna e a pelve não sejam forçadas. Para a mãe, o conforto se torna o melhor benefício, pois, os slings conseguem distribuir o peso do bebê ao longo do corpo da mulher, respeitando também a fisiologia muscular da mãe.
Biografia: O sling como objeto mediador da relação mãe e filho sob a ótica do design emocional, por Marianne Freitas de ALMEIDA (Formada em Design em Moda pela Universidade Federal de Pernambuco UFPE Campus de Caruaru. E-mail: freitas.mari21@gmail.com) e Maria Teresa LOPES (Professora Adjunta da Universidade Federal de Pernambuco UFPE Campus de Caruaru e Orientadora da Pesquisa)
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